O Convento e a Igreja do Carmo fazem parte de uns dos conjuntos arquitetônicos mais importantes de Alcântara. Foram fundados no século XVII pela Ordem dos Carmelitas Calçados. Estão localizados à beira-mar, na região central da cidade, em frente as ruínas do Palácio do Imperador. A igreja continua funcionando e conservada, enquanto o convento, que fica ao lado, encontra-se em ruínas, processo que começou desde o século XIX, quando a ordem religiosa que o fundou foi despojada de seus bens no Maranhão. Desde o século XVII, a presença de ordens religiosas em Alcântara é marcante. Muitas fontes que ajudam a contar a história da cidade são de relatos de padres dessas ordens. A Ordem dos Carmelitas Calçados fundou, entre os anos 1646 e 1665, a Igreja e o Convento do Carmo. De acordo com o autor Grete Pflueger (2008), as igrejas foram construídas em locais que tivessem fácil visibilidade do litoral, para suas torres serem avistadas pelas embarcações. Assim, formaram-se três conjuntos urbanos, um deles (o segundo) é o do Largo do Carmo, com a igreja e o convento, localizado em um terreno destacado à beira-mar. A Igreja e o Convento faziam parte da tríade religiosa, junto com das Mercês e da Matriz, que orientou as direções da construção urbana de Alcântara no século XVIII. Em 1865 houve uma restauração nesse conjunto arquitetônico. Atualmente o convento encontra-se em ruínas, processo que aconteceu desde o ano 1890, quando a ordem dos Carmelitas Calçados perdeu todos os seus bens no Maranhão. A igreja funciona até hoje e se mantém em conservação, foi feita em estilo barroco, com seu altar todo revestido em ouro e com pinturas da época.

 

Fontes/bibliografia:

 BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

PFLUEGER, Grete. De Tapuitapera a Villa d’ Alcantara: cidades portuguesas, planejadas ou espontâneas? Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada. Olinda, 2008.

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt