Category: alcântara

Rua da Bela Vista (Amargura)

A antiga Rua da Bela Vista, mais conhecida atualmente como Rua da Amargura, estende-se do farol ao Forte de São Sebastião, próximo ao mar. Nos tempos considerados “áureos” de Alcântara, essa rua abrigava as famílias mais ilustres da cidade. Também se encontravam nela casas de comércio (secos e molhados), a igreja de Santa Quitéria, o antigo porto das Barcas e os Passos da Paixão. Atualmente a antiga Rua da Bela Vista encontra-se praticamente abandonada e as construções nela presente a maioria em ruínas. A Igreja de Santa Quitéria construída em 1763 abrigava a Ordem Terceira do Patriarca São Francisco, foi fechada em 1852, começando seu processo de arruinamento. Os Cinco Passos da Paixão é uma construção do século XVII, que era a representação das celebrações da Paixão Cristo durante a Semana Santa em Alcântara. Nesta rua também há as ruínas da residência do Barão de Grajaú, homem de grande prestígio naquele período, que ficou conhecida como Palácio Negro. De acordo com relatos populares, uma das filhas do barão casou-se com um mulato, contra a vontade do pai, isso gerou um conflito familiar e foram colocadas cortinas pretas nas portas e janelas, fazendo referência a um luto pela escolha da filha, em consequência ela foi deserdada e desde então o local passou a se chamar de Palácio Negro.  A Rua da Bela Vista também é denominada de Rua da Amargura, pois, nos séculos XVIII e XIX as famílias mais ricas mandavam seus filhos para estudar em Portugal, a viagem demorava muito, pois era apenas de navio, as notícias de quem viajava geralmente demoravam muito a chegar, então, além da dor da partida também ficava o medo do pior acontecer, como acidentes em alto mar, assim se instalava uma tristeza generalizada, deixando aquela rua cheia de amargura. As construções foram sendo abandonadas quando as famílias que lá residiam começaram a se mudar para São Luís ou para a Corte. Atualmente ela é principalmente um ponto turístico.

 

Fontes/bibliografia: 

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

 

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

Pelourinho

Localizado na região central de Alcântara, na Praça da Matriz, que tem também as ruínas da Igreja de São Matias e a Casa de Câmara de Cadeia. De acordo com o autor Grete Pflueger (2008), as igrejas foram construídas em locais que tivessem fácil visibilidade do litoral, para suas torres serem avistadas pelas embarcações. Assim, formaram-se três conjuntos urbanos, sendo o primeiro da Praça da Matriz, que fica de costa para o mar. O Pelourinho foi erguido em 1648 e fazia parte do conjunto de monumentos que marcava a ocupação portuguesa na vila de Santo Antônio de Alcântara. Sobre sua confecção há controvérsias, porque existem duas linhas de explicação. A primeira seria que o pelourinho foi construído em Portugal, devido ao seu material e todos os detalhes da confecção, acreditavam que ele já chegou em Alcântara pronto. A segunda explicação é que, apesar de não haver na vila nenhum artista para construção de tal monumento naquele período, ele não teria sido necessariamente feito em Portugal, pois, poderia ter sido contratado um artista aqui mesmo no Brasil para o fazer. O que prevalece nos relatos dos populares é sua confecção ter sido feita em Portugal, também como uma forma de enaltecer o monumento. A peça originalmente era uma coluna de pedra de Cantareira, com base quadrada e simples, na sua parte superior tinha uma coroa com o brasão de Portugal, a coluna tinha detalhes com frisos. O pelourinho era um monumento que também servia para ressaltar o poder municipal e da justiça, mas com relação à  sua utilização também há duas versões. Na primeira ele servia como local de castigos corporais dos escravos, na segunda o monumento era apenas um símbolo e não era usado como lugar de açoite, que ocorria em outros locais, servia principalmente para reunir os moradores em torno quando precisava-se fazer comunicados importantes ou pregar ofícios para serem lidos. Em 1889, com o advento da República, o pelourinho foi derrubado e quebrado em pedaços, como forma de apagar os símbolos da monarquia. Dessa forma, suas partes foram enterradas em locais diferentes. Em 1948 ele foi reconstruído e reerguido, isso foi possível graças a uma ex-escrava, Mãe Calú, que indicou onde seriam encontradas suas partes. Hoje ele encontra-se em frente as ruínas da igreja matriz, dá para perceber os locais onde ele fora remendado, a sua parte superior (a coroa) não fez parte de sua reconstrução.

 

Fontes/bibliografia:  

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

 

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

Palácios do Imperador I e II

As Ruínas do Imperador foi um projeto de dois palacetes construídos em Alcântara para receber o imperador D. Pedro II no século XIX. Eles ficam localizados na esquina com a Rua Grande e em frente à Igreja do Carmo. Os dois encontram-se em ruínas e suas obras nunca foram concluídas. As duas construções partem de uma disputa entre duas famosas famílias alcantarenses, sobre quem, naquela ocasião, hospedaria o imperador, dessa forma, cada uma construiu um palacete. As Ruínas do Palácio do Imperador I, ou Palácio do Barão de Mearim, ficam em frente à Igreja do Carmo, percebe-se que seu projeto era de uma construção com bastante cômodo e luxo, encontra-se à beira-mar e ainda estão presentes muitas pedras de lioz, que são típicas de Portugal. José Teodoro Corres de Azevedo (barão de Mearim) era um político extremamente influente e descendente da fidalguia portuguesa. É possível perceber, mesmo em ruínas, que a sua construção é maior e mais luxuosa que o outro palacete. As Ruínas do Palácio do Imperador II, ou Palácio do Barão de Pindaré, foi uma construção feita por Antônio Pedro da Costa Ferreira, que pertencia a uma das famílias mais antigas de Alcântara, foi senador da Regência Trina Permanente e em 1854 ganhou o título de Barão de Pindaré. Essa visita do Imperador começou a ser esperada após Antônio Raimundo de Franco e Sá ter dado a notícia, na qual ele garantiu que foi uma promessa que o imperador fez a ele. Como Francisco de Franco e Sá pertencia a uma família de elevada estima do Trono Imperial, acreditou-se que a visita realmente aconteceria, mas durante o tempo de processo de construção dos palacetes ele morre. O imperador nunca viera a cidade, talvez pela notícia da morte de Francisco Sá, e as construções ficaram inacabadas. Em 1927 Alcântara recebeu a visita do seu neto, D. Pedro de Orleans e Bragança.  Essa é uma história muito marcante no imaginário popular, principalmente para exaltar os tempos áureos da cidade.

 

Fontes/bibliografia: 

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

 

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

Igreja Matriz de São Matias

As ruínas da Igreja Matriz de São Matias encontram-se na região central de Alcântara, compondo um conjunto arquitetônico com outros importantes monumentos da cidade. A igreja é um símbolo muito importante, pois foi a primeira paróquia. Durante a ocupação portuguesa fez parte do conjunto simbólico que marcou a presença desse povo naquela região e das edificações mais significativas, sendo a área da Matriz considerada o coração da Vila de Santo Antônio de Alcântara. Em torno do século XIX já começava a entrar em ruínas, hoje ainda se encontra algumas de suas paredes levantadas.

Localizado na região central de Alcântara, na praça da Matriz, que tem também o Pelourinho e a Casa de Câmara de Cadeia. De acordo com o autor Grete Pflueger (2008), as igrejas foram construídas em locais que tivessem fácil visibilidade do litoral para suas torres serem avistadas pelas embarcações. Assim, formaram-se três conjuntos urbanos, sendo o primeiro da Praça da Matriz, que fica de costa para o mar. A Igreja Matriz fazia parte da tríade religiosa junto com das Mercês e do Carmo, que orientou as direções da construção urbana de Alcântara no século XVIII. Durante a ocupação francesa havia apenas uma capela, depois da ocupação portuguesa, Matias de Albuquerque, a quem aquela área tinha sido dada como capitania, mandou construir a primeira igreja paroquial, como afirma o autor Antônio Lopes (2002). A igreja foi erguida em 1648, quando o local ainda era a aldeia de Tapuitapera, sendo dedicada a São Mathias, em homenagem a Matias de Albuquerque. Durante o período da vila de Santo Antônio de Alcântara, a praça da Matriz era considerada como seu coração e suas construções a marca da presença portuguesa. No período imperial a igreja foi restaurada, muitos anos depois seu telhado desabou, começando seu processo de desgaste que logo tornou-se seu arruinamento, sendo hoje encontrada apenas as suas ruínas. As esculturas e objetos que faziam parte da matriz foram transferidas a maioria para igreja do Carmo.

 

Fontes/bibliografia: 

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

PFLUEGER, Grete. De Tapuitapera a Villa d’ Alcantara: cidades portuguesas, planejadas ou espontâneas? Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada. Olinda, 2008.

 

Pesquisador responsável:  Drielle Souza Bittencourt

Igreja de São Francisco

A Ordem dos Franciscanos já estava em Alcântara no século XVIII, mas inicialmente ficou localizada na Igreja de Santa Quitéria, na antiga rua da Bela Vista, pois não tinham sua própria sede. Em 1811 saiu a autorização para construção da sua igreja. Ela foi construída em pedra e cal com paredes grossas e rígidas. É possível que essa construção nunca tenha sido terminada e atualmente encontra-se apenas suas ruínas na rua do Miritiua, num local com bastante visibilidade, pois há um grande fluxo comercial. Na sua fachada principal há no portal dois braços cruzados, um de São Francisco e outro de Jesus, com uma cruz no meio representando a ordem franciscana. Ao adentrar é possível perceber dois pavimentos divididos por uma parede com um portal trabalhado em ladrilhos, de acordo com os moradores quando a lua está cheia ela fica exatamente em cima desse portal.

 

Fontes/bibliografia: 

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

Fortaleza de São Sebastião

O Forte de São Sebastião localiza-se no promontório da praia da Baronesa, atualmente funciona um campo de futebol e o prédio de pedra encontra-se em ruínas. Sua construção é datada do ano de 1763. É possível ainda encontrar no local canhões espalhados e apontados para o litoral. O uso de fortificações era uma estratégia militar bastante comum no período colonial. Assim como em São Luis, Alcântara também teve um Forte. Em São Luis o Forte foi construído inicialmente pelos franceses, onde hoje  se encontra a sede do Executivo Estadual, o Palácio dos Leões. Essas fortificações eram uma forma de proteger o lugar e ter uma boa visibilidade de quem se aproximava. Ficavam estrategicamente próximas  ao litoral e em locais altos. Em Alcântara o Forte de São Sebastião ficava no promontório da praia da Baronesa e remonta a ocupação portuguesa. Foi construído em 1763,  onde existia um prédio de pedra, que provavelmente seria o quartel e hoje  se encontra em ruínas. Ainda é possível ver canhões espalhados no local e alguns apontados para a direção da praia. Atualmente  nesse espaço funciona um campo de futebol que está próximo ao Instituto Federal do Maranhão (IFMA) da cidade.

 

Fontes/bibliografia:

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

Festa do Divino Espírito Santo

O município de Alcântara é um dos que mantém a forte tradição do festejo do Divino Espírito Santo, que ocorre no domingo de Pentecostes, 50 dias após a páscoa, e comemora a vinda do Espírito Santo e ressureição de Jesus Cristo, a duração do festejo é de 12 dias. Sua origem vem dos colonos açorianos (portugueses) e seus descendentes, mas em Alcântara há uma mesclagem de culturas e religiões na representação do festejo, como a católica e a afro-brasileira. Durante a festa é criada uma corte imperial, geralmente constituída por crianças e adolescentes. A cada ano há uma pessoa responsável pela festa, e esta indica o imperador ou a imperatriz (figura que vai representar a mais alta posição da corte), revezando o gênero a cada festejo, junto a eles tem os mordomos que compõem o conjunto da corte. A festa é composta por várias etapas, no início há o levantamento do Mastro, que é um tronco de árvore pintado e enfeitado. Em Alcântara ele fica na Praça da Matriz. Os representantes da Corte visitam uns aos outros em suas residências na cidade através de cortejos, que são acompanhados por muitos moradores e turistas. A Festa Grande é um momento de muita fartura e luxo dedicado ao Divino Espírito Santo, tanto na distribuição de comidas como nas vestimentas e decorações. Também há realizações de missas. Para marcar a finalização da festa há o derrubamento do mastro, que é cortado, simbolizando o fim da festa. Outro ponto forte são as cacheiras, lideradas por senhoras idosas e com grande sabedoria no toque de caixa e experiencia nas festas do Divino. O festejo é uma marca identitária muito forte de Alcântara, durante seu período o turismo é intensificado e a cidade fica bastante movimentada. A sala do trono e todos os objetos ficam expostos durante o resto do ano na Casa do Divino, localizada na região central de Alcântara, na Rua Grande, que durante a festa é a casa do imperador ou imperatriz. É um casarão de estilo português, que pertenceu até o século XX a família Franco de Sá, uma das mais tradicionais da cidade. Seu último proprietário o vendeu em 1980 para Empresa Maranhense de Turismo e a partir de então passou a sediar a Casa do Divino.

 

Fontes/bibliografia: 

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

Fotografias/imagens:

https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g675032-d2388893-i129307197-Casa_do_Divino-Alcantara_State_of_Maranhao.html

 http://s2.glbimg.com/g3dYiQKjJIWOzr9868encfx4bKk=/620×465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/05/04/mastro.jpg

 https://oimparcial.com.br/media/2017/06/040617-CAPA-IMPAR-FESTA-DO-DIVINO-3-1024×682.jpg

Convento do Carmo

O Convento e a Igreja do Carmo fazem parte de uns dos conjuntos arquitetônicos mais importantes de Alcântara. Foram fundados no século XVII pela Ordem dos Carmelitas Calçados. Estão localizados à beira-mar, na região central da cidade, em frente as ruínas do Palácio do Imperador. A igreja continua funcionando e conservada, enquanto o convento, que fica ao lado, encontra-se em ruínas, processo que começou desde o século XIX, quando a ordem religiosa que o fundou foi despojada de seus bens no Maranhão. Desde o século XVII, a presença de ordens religiosas em Alcântara é marcante. Muitas fontes que ajudam a contar a história da cidade são de relatos de padres dessas ordens. A Ordem dos Carmelitas Calçados fundou, entre os anos 1646 e 1665, a Igreja e o Convento do Carmo. De acordo com o autor Grete Pflueger (2008), as igrejas foram construídas em locais que tivessem fácil visibilidade do litoral, para suas torres serem avistadas pelas embarcações. Assim, formaram-se três conjuntos urbanos, um deles (o segundo) é o do Largo do Carmo, com a igreja e o convento, localizado em um terreno destacado à beira-mar. A Igreja e o Convento faziam parte da tríade religiosa, junto com das Mercês e da Matriz, que orientou as direções da construção urbana de Alcântara no século XVIII. Em 1865 houve uma restauração nesse conjunto arquitetônico. Atualmente o convento encontra-se em ruínas, processo que aconteceu desde o ano 1890, quando a ordem dos Carmelitas Calçados perdeu todos os seus bens no Maranhão. A igreja funciona até hoje e se mantém em conservação, foi feita em estilo barroco, com seu altar todo revestido em ouro e com pinturas da época.

 

Fontes/bibliografia:

 BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

PFLUEGER, Grete. De Tapuitapera a Villa d’ Alcantara: cidades portuguesas, planejadas ou espontâneas? Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada. Olinda, 2008.

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

 

Casa de Câmara e Cadeia

Localizado na região central de Alcântara, na praça da Matriz, que tem também o Pelourinho e as Ruínas da Igreja de São Matias. Faz parte de um dos três conjuntos urbanos que orientaram a organização da cidade, sendo o primeiro da Praça da Matriz, que fica de costa para o mar. Esse conjunto arquitetônico foi a mais importante expressão da ocupação portuguesa e da vila de Santo Antônio de Alcântara, sendo considerado o seu coração. De acordo com Grete Pflueger (2008), a Casa de Câmara e Cadeia foi inicialmente edificada de taipa, em caráter provisório, sendo seu prédio erguido apenas em 1759. É importante destacar que não há um consenso entre os autores sobre o ano de edificação. Sua construção também tem a ver com a elevação do arraial da vila, pois, era uma exigência legal. Até primórdios do século XX funcionava como sede do Poder Legislativo Municipal e cadeia da cidade. Em 1948 transformou-se em Penitenciaria Estadual, tendo funcionado até 1965, período que coincide com o tombamento da cidade. Esse fato fez com que vários habitantes se afastassem da cidade. A implantação da penitenciária, segundo a memória popular, ajudou a intensificar o período decadente de Alcântara, geralmente os discursos fazem a comparação a um período imperial áureo e a uma cidade que foi entrando em ruínas e ficando silenciada. Em 1965 a penitenciaria foi transferida para São Luis e o imóvel não foi ocupado devido ao seu estado de deterioração. Nos anos de 1970 e 1980 foi restaurado pelo Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico, voltando depois da reforma a funcionar os poderes Executivo e Legislativo de Alcântara. Na fachada do prédio tem o brasão da Vila de Alcântara, ao adentrar tem a parte com as antigas celas e solitárias, da sua varanda é possível ter uma bela vista do litoral e ilha do Livramento.

Fontes/bibliografia:

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

PFLUEGER, Grete. De Tapuitapera a Villa d’ Alcantara: cidades portuguesas, planejadas ou espontâneas? Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada. Olinda, 2008.

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt

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