As Ruínas do Imperador foi um projeto de dois palacetes construídos em Alcântara para receber o imperador D. Pedro II no século XIX. Eles ficam localizados na esquina com a Rua Grande e em frente à Igreja do Carmo. Os dois encontram-se em ruínas e suas obras nunca foram concluídas. As duas construções partem de uma disputa entre duas famosas famílias alcantarenses, sobre quem, naquela ocasião, hospedaria o imperador, dessa forma, cada uma construiu um palacete. As Ruínas do Palácio do Imperador I, ou Palácio do Barão de Mearim, ficam em frente à Igreja do Carmo, percebe-se que seu projeto era de uma construção com bastante cômodo e luxo, encontra-se à beira-mar e ainda estão presentes muitas pedras de lioz, que são típicas de Portugal. José Teodoro Corres de Azevedo (barão de Mearim) era um político extremamente influente e descendente da fidalguia portuguesa. É possível perceber, mesmo em ruínas, que a sua construção é maior e mais luxuosa que o outro palacete. As Ruínas do Palácio do Imperador II, ou Palácio do Barão de Pindaré, foi uma construção feita por Antônio Pedro da Costa Ferreira, que pertencia a uma das famílias mais antigas de Alcântara, foi senador da Regência Trina Permanente e em 1854 ganhou o título de Barão de Pindaré. Essa visita do Imperador começou a ser esperada após Antônio Raimundo de Franco e Sá ter dado a notícia, na qual ele garantiu que foi uma promessa que o imperador fez a ele. Como Francisco de Franco e Sá pertencia a uma família de elevada estima do Trono Imperial, acreditou-se que a visita realmente aconteceria, mas durante o tempo de processo de construção dos palacetes ele morre. O imperador nunca viera a cidade, talvez pela notícia da morte de Francisco Sá, e as construções ficaram inacabadas. Em 1927 Alcântara recebeu a visita do seu neto, D. Pedro de Orleans e Bragança.  Essa é uma história muito marcante no imaginário popular, principalmente para exaltar os tempos áureos da cidade.

 

Fontes/bibliografia: 

BRASIL. Sítios históricos e conjuntos urbanos de monumentos nacionais: norte, nordeste e centro-oeste. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, 2005.

LOPES, Antônio. Alcântara: subsídios para a história da cidade. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.

LOPES, José Antonio Viana. (Org). São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. Ed. Bilíngüe. Sevilha: Consejaría de Obras Públicas y Transportes, Dirección de Arquitectura y Vivienda, 2008.

 

Pesquisador responsável: Drielle Souza Bittencourt